30.10.06

PRIMEIRA DERROTA

O Benfica não conseguiu pontuar na difícil deslocação a Porto Santo, perdendo por 3-1 e afastando-se ainda mais do F.C.Porto na luta pelo primeiro lugar da fase regular do campeonato nacional da 1ª divisão.
Tó Silva marcou o único golo dos encarnados, estabelecendo na altura o empate a um. Depois a equipa de Carlos Dantas não resistiu aos insulares, que com mais dois golos fixaram o resultado.
O F.C.Porto teve enormes dificuldades na deslocação a Torres Vedras, onde a cinco minutos do final estava a perder por 3-2. Os portistas conseguiram no entanto dar a volta à situação, e permanecem invictos na liderança da tabela.
Na próxima quarta-feira disputa-se mais uma jornada, e VEDETA DO HÓQUEI espera marcar presença no Benfica-H.C.Sintra, disputado imediatamente a seguir ao Benfica-Celtic em futebol, mas por razões logisticas só de hoje a uma semana será possível publicar o comentário.
Até lá, bom hóquei !

23.10.06

VITÓRIA JUSTA NUM FRACO ESPECTÁCULO

Não tendo podido estar no primeiro jogo frente à Física de Torres, foi com natural expectativa que me dirigi ao Pavilhão Açoreana para presenciar o Benfica-Paço de Arcos da terceira ronda do campeonato nacional.
O jogo não foi brilhante, apresentando características típicas de início de época, sobretudo de uma época marcada pela implementação de um modelo em Play-Off, o que naturalmente se traduz num maior resgaurdar das equipas nesta primeira fase.
O Benfica, com Carlos Silva, Valter Neves, Mariano, Tó Silva e Barreiros no cinco inicial, apresentou-se algo falho de imaginação, acabando por ser a equipa da linha a marcar primeiro por intermédio de Gonçalo Suissas, o seu jogador mais influente. Os encarnados reagiram empatando pouco depois num belo remate cruzado de Mariano Velásquez. Perto do final da primeira parte Carlos Martins numa violenta stickada do meio da rua bateu pela segunda vez o excelente guardião pacense, estabelecendo o resultado ao intervalo.
Tudo parecia encaminhado para uma vitória tranquila dos encarnados, mas o segundo tempo ainda trouxe alguns sustos aos muitos espectadores presentes.
Depois de num lance extremamente confuso Ricardo Barreiros ter elevado para 3-1, Suissas voltou a reduzir, seguindo-se uma fase de algum entusiasmo do Paço de Arcos em busca de uma igualdade que por mais de uma vez esteve perto de acontecer – inclusivamente através de um livre directo falhado.
Seria em lance de contra-ataque que Barreiros conseguiria bisar e tranquilizar os benfiquistas, para já na ponta final o mesmo jogador desperdiçar uma grande penalidade, naquele que acabou por ser o melhor período dos da casa.
Em termos individuais foi naturalmente Ricardo Barreiros o homem do jogo, ao marcar os dois decisivos golos da segunda parte.
Destaque também para a má arbitragem, mostrando muitos cartões – à semelhança do que aconteceu no futebol, aliás – e prejudicando mais o Benfica (cartões azuis para Tó Silva e Carlos Martins).
No final 4-2, curiosamente à semelhança dos resultados obtidos pelos outros candidatos ao título F.C.Porto e Barcelos.
O Benfica está agora com 7 pontos, 12 golos marcados e 5 sofridos. Tó Silva com 4 golos continua a ser o melhor marcador benfiquista, seguindo-se agora Barreiros com 3 e Mariano com 2. Valter Neves, Carlitos e Vítor Hugo têm um golo cada.

18.10.06

SEGUE O CAMPEONATO

No passado fim de semana decorreu a segunda jornada do campeonato nacional. O prato forte era o clássico Óquei de Barcelos-Benfica, que constituía uma boa oportunidade para aquilatar do potencial das duas equipas, em particular o Benfica, muito reforçado para esta temporada.
Um empate em Barcelos é sempre um bom resultado - atendendo à marcha do marcador o espectáculo também não terá sido mau -, e como tal parece não haver motivos para os pupilos de Carlos Dantas chorarem esta deslocação. Apesar da vitória do F.C.Porto em Oliveira de Azeméis, e do consequente avanço na tabela classificativa, a procissão ainda vai no adro, e mais a mais este ano em que o figurino da competição prevê um decisivo play-off final.
Pelo que se percebe, o jogador do Benfica mais em foco neste início de temporada, está a ser o ex-barcelense Tó Silva, já não muito jovem, mas ainda com a veia goleadora bem activa - leva já 4 golos em dois jogos para o campeonato.
Pode verificar aqui o que aconteceu no jogo de sábado, relatado por quem lá esteve.
Fica desde já prometida presença de VEDETA DO HÓQUEI no próximo sábado no Pavilhão Açoreana para outro, poderei também chamar-lhe assim, clássico do hóquei português: Benfica-Paço de Arcos.
Carlos Silva, Valter Neves, Pedro Afonso e Ricardo Barreiros defrontam mais uma vez o clube que os formou, o que constitui mais um aperitivo para esta partida.
Para já a equipa encarnada segue com 4 pontos em 2 jogos e 8-3 em golos - marcadores: Tó Silva 4, Ricardo Barreiros, Valter Neves, Vítor Hugo e Mariano 1 golo apontado.

13.10.06

APELO

Alguém se recorda de um jogo de Hóquei em Patins para crianças comercializado nos anos 80, com um tabuleiro que se lubrificava com óleo, e jogadores com esferas na base ?
Se alguém o tiver e esteja disposto a vendê-lo, eu estarei interessado.

INÍCIO NORMAL

O Benfica ganhou facilmente ao Física de Torres na abertura do campeonato nacional. 5-0 foi o resultado.
A total ausência de imagens televisivas e radiofónicas, bem como a impossibilidade de presença no pavilhão (em dias de semana é-me complicado lá puder estar), impedem-me de me alongar muito no comentário.
Fica prometida presença no Benfica-Paço de Arcos do próximo dia 21, no âmbito do qual me poderei então pronunciar em maior profundidade sobre a nova equipa do Benfica.
Noutro jogo desta jornada o F.C.Porto repetiu a vitória da supertaça e bateu o Juventude de Viana por 4-1.
Amanhã temos um Óquei de Barcelos-Benfica, infelizmente também arredado do espaço mediático.
Estamos nisto...

9.10.06

NÃO DEIXAR MORRER O HÓQUEI

Teve início neste fim-de-semana a temporada nacional de 2006-2007.
Após um defeso marcado por derrotas a toda a linha do hóquei nacional, quer na selecção principal quer nas camadas mais jovens, para além de um mundial de clubes muito pouco conseguido pelas equipas portuguesas, também o início das competições nacionais não deixa antever grandes perspectivas para a época que agora se inicia.
Consequências do Mundial ou não, a verdade é que o campeonato começou a conta-gotas, quase sem se dar por ele, com dois jogos neste fim-de-semana e o resto da jornada na próxima quarta-feira. Não se percebe o porquê de a jornada ter coincidido com a supertaça, deixando desde logo obrigatoriamente jogos em atraso.
A Supertaça, ganha pelo F.C.Porto (4-2 à Juventude de Viana) ficou ela própria marcada por vários episódios de completo amadorismo por parte das estruturas federativas, desde o inqualificável esquecimento a que foi votado António Livramento – fez incomparavelmente mais pelo hóquei que todos os dirigentes da federação juntos -, até à ausência de representantes aquando da chegada das equipas, o que originou uma série de problemas logísticos dignos de uma qualquer futebolada entre amigos.
Pior que isso, o facto de não ter sido objecto de qualquer transmissão televisiva indicia que essa será mais uma vez a regra para a nova temporada, o que vai fazer com que o hóquei se afunde ainda mais face a outras modalidades, em crescendo no plano mediático, e logo, no número de adeptos que arrastam, nomeadamente entre os mais jovens.
É tempo de esta federação dar lugar a outra, pois se muito se fala nos problemas do futebol os do hóquei não serão menos graves, com a diferença de que neste, o perigo de ruína absoluta é real.
O hóquei, desde que os tempos da rádio passaram à história – nos quais quase disputava terreno ao futebol - e a televisão iniciou o seu reinado, sentiu-se fortemente do facto de não ser um espectáculo televisivo tão conseguido como outras modalidades, tais como futsal, basquete ou volei sem falar no próprio futebol. Uma bola muito pequena e alguma dificuldade em ver os golos terão contribuído para isso, e a verdade é que nunca ninguém se preocupou com tal, por exemplo impedindo a publicidade escrita nos pisos ou procurando novas cores para a bola.
Apesar de tudo, as transmissões foram sendo feitas e a modalidade foi mantendo um nicho de adeptos, cada vez menos é certo, mas suficientes para, com maior ou menor dificuldade, a sustentar.
Ao não ceder nas negociações com as estações televisivas – pagando da mesma forma como fazem as restantes federações – a FPP está a liquidar esse nicho de adeptos, assassinando a modalidade, pois o campeonato já de si está cada vez mais concentrado numa só região do país (muito longe da dimensão geográfica, populacional, cultural e económica da Catalunha), e à maior fatia da população nacional fica dessa forma vedada a possibilidade de ver hóquei de primeira divisão.
Veremos se ainda há tempo para solucionar este decisivo aspecto, mas pelo que se tem visto a esperança é muito pouca.
Assim sendo, ser adepto de hóquei em Portugal cada vez mais se assemelha a acompanhar um defunto até ao seu enterro.

2.10.06

SEM HONRA NEM GLÓRIA

Conforme a primeira jornada havia feito suspeitar, as equipas portuguesas quedaram-se pelos últimos lugares na fase final do 1º Mundial de Clubes.
O único ponto conseguido foi o do empate entre elas num jogo que, embora bem disputado, representou o adeus ao título de ambos.
Se de um Benfica ainda em construção e com algumas peças novas na equipa se poderia esperar alguma oscilação perante adversários como Réus e Bassano, já o F.C.Porto constituiu a grande surpresa, pela negativa, deste torneio.
A sua derrota por 0-6 frente aos espanhóis foi chocante, sobretudo pelos números, mas já frente ao Bassano o F.C.Porto se exibira de forma bastante apática. Pedro Gil está muito longe da sua melhor forma, bem como a maioria dos jogadores azuis e brancos.
Talvez o facto de o modelo competitivo apontar este ano para um decisivo play-off final tenha condicionado a preparação das equipas portuguesas, mas a verdade é que play-off também o há em Espanha e Itália.
Veremos ao longo da temporada se esta quebra do F.C.Porto pode significar o fim do ciclo de títulos nacionais, ou se pelo contrário, é meramente acidental e teremos o F.C.Porto novamente campeão e à procura do título europeu que há tanto persegue.
Para o Benfica encerrou-se aqui a temporada internacional, e tem agora pela frente uma temporada em que Carlos Dantas procurará preparar a equipa de modo a surgir no play-off em condições de desafiar o título aos portistas. Matéria-prima não lhe falta.
Para os portugueses este Mundial não vai ficar na história, o que é pena, até porque os angolanos – muitos deles adeptos de Porto e Benfica – bem mereceriam festejar o título de uma competição que tão bem organizaram.
O Bassano torna-se assim campeão do mundo na época de ouro dos clubes italianos, pois o Follónica já se havia sagrado em Torres Novas campeão europeu, dando assim o primeiro título ao seu país.